domingo, novembro 12, 2006

Entrevista exclusiva: phaZer

Desde Setembro que os phaZer têm tido imenso destaque no Onda Curta. Com a gravação do ep "Revelations", afirmaram-se como um dos projectos nacionais mais promissores do ano. Tivémos agora a oportunidade de lhes colocar algumas questões, respondidas por Paulo Miranda, vocalista da banda.

Onda Curta (OC): Como surgiu o projecto "phaZer"?
Paulo Miranda (PM): Os Phazer nasceram quando o Gil, o Henrique e o Miguel Martinho testavam a possibilidade de criar um projecto de covers, e era necessária uma voz, O Gil convidou-me, mas eu apenas estava interessado em fazer originais. Todos ficaram motivados pela ideia, e assim nasceram os Phazer.... Os PhaZer assumem-se como uma banda rock que traça na diagonal diferentes estilos, tal como Funk, Metal, Progressivo, R
ock ou Hard-Rock que nos dá o prazer e a adrenalina em fazer a música que gostamos.

OC: Tem sido fácil construir e desenvolver este projecto?
PM: Tem consumido muitos recursos, tempo, dinheiro e sempre em modo paralelo às nossas vidas profissionais, aliado à nossa condição de novatos na indústria e o facto de termos que aprender como tudo funciona, podemos dizer que tem sido muito dificil.
Mas foi o que escolhemos fazer, é o nosso sonho e achamos que temos a força necessária para o concretizar.

OC: A edição deste EP em formato de autor, prende-se com a falta de apoios?

PM: A edição do EP “Revelations” foi uma decisão de arra
nque da banda, não foi tomada por condição a qualquer falta de apoio ou não aceitação de editoras nem mercado, foi assim que decidimos aparecer. Sentimos que o mercado está em crise, e as apostas que as editoras fazem nas bandas estão associadas a um nível de confiança exigido que antigamente não existia tanto. As editoras precisam de ter a certeza que vão fazer dinheiro com aquela banda antes de apostar nela, não têm margem para contratos falhados. Devido a isso, optamos por gravar uma edição pública e mais representativa da banda, como uma obra e não uma demo para simplesmente enviar para editoras. E desta forma ao auto-financiar o nosso EP, temos todo o controlo sobre todo o processo de produção, concepção e qualquer decisão sobre ele.

OC: Que influências utilizam na vossa música?
PM: Musicalmente, respondendo de forma simples é a mistura do rock dos anos 70 e 80 e mesmo 90, como género principal. Em relação a outros géneros e bandas, elas são tantas, bebemos de tantas fontes tão diversas e de forma tão diferente em cada membro da banda que seria injusto referenciar esta ou aquela banda. O melhor é ouvir mesmo. As letras são inspiradas nas minhas convicções e experiências pessoais ou que testemunho, sobre o mundo e as pessoas, quase sempre baseadas na perspectiva de dentro para fora.

OC: Consideram ter atingido o que desejavam em termos de sonoridade e estilo?
PM: Estamos contentes, mas ainda acho que não atingimos o topo do bolo, temos mais músicas para sair e sofremos daquele mal de que a ultima música que fizemos é a melhor de todas…até à próxima! Nesta linha, estamos sempre expectantes com o que vamos fazer a seguir e sempre com a ideia de fazer bem melhor, por isso, respondo que não, ainda não atingimos….mas será que algum dia vamos pensar que sim!?

OC: A aceitação do público tem estado dentro ou aquém das expectativas?
PM: Está a corresponder às expectativas. Temos tido muitas e boas críticas, e um grande apoio dos fãs que nos acompanham, através dos nossos concertos, feedback na Internet, etc. Na impressa também as criticas que saíram, todas elas tem sido bastante favoráveis e com excelente acolhimento ao nosso trabalho.

OC: Que projectos têm os phaZer para o futuro?
PM: Continuar com a “Revelations Tour” por esse país fora divulgando ao máximo o nosso Rock e em breve gravar um novo disco, mas desta vez esperemos que já seja com a ajuda de uma editora.


O Onda Curta, agrade aos phaZer e deseja-lhes o maior sucesso nesta aventura musical!